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“A América do Sul está no centro dos planos de expansão da LFL. Em 2013, vamos realizar uma turnê com cinco datas pela região com, no mínimo, duas partidas no Brasil, uma em São Paulo, outra no Rio de Janeiro”, afirmou o CEO da LBL, Mitch Mortaza. A ideia de colocar garotas de lingerie jogando futebol americano surgiu em 2003, quando Mortaza assistia ao Super Bowl da NFL (a grande final do futebol americano nos EUA). Vendo os torcedores deixando as arquibancadas no intervalo, ele imaginou que poderia manter as pessoas sentadas com um jogo feminino. No ano seguinte nasceu o Lingerie Bowl, que fez sucesso tanto pelas mulheres, quanto pelos protestos.
Até 2009, o futebol americano de calcinha e sutiã foi apenas um evento de um jogo, transmitido em pay-per-view no intervalo do Super Bowl. A liga, com dez times, nasceu em 2009. Segundo a revista norte-americana Business Week, os primeiros três anos da LBL superaram os ganhos do UFC e do WWE (de luta livre profissional) em suas temporadas iniciais.
Apesar da liga não abrir seus números financeiros, os números de expectadores impressionam. Os jogos, realizados em estádios ou ginásios grandes (o campo de jogo deve ter 45 metros de comprimento, contra 42, por exemplo, de uma quadra de futsal), atraem, em média, 20 mil pessoas. A média de público do Campeonato Brasileiro de futebol no ano passado, como comparação, foi de 14.976 pessoas, segundo a CBF.
Esses números fizeram com que a LBL ganhasse o rótulo de única liga profissional feminina dos EUA que realmente cresce. O motivo para isso é a falta de sucesso das outras ligas femininas. Apesar do sucesso dos EUA no futebol, duas ligas femininas já fecharam. No basquete, a WNBA sobrevive graças ao apoio da NBA.A chegada ao Brasil, aliás, é parte do crescimento da liga. Em 2012, a LBL não realizou uma temporada, por motivos estratégicos: levou suas melhores jogadoras para um turnê mundial que, na semana passada, realizou duas partidas na Austrália, confirmou a temporada inicial da LBL Canadá, com abertura em agosto, e anunciou a criação de campeonatos na Austrália, em 2013, e na Europa, em 2014, ainda sem times confirmados.
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